As cirurgias orais são realizadas no próprio consultório odontológico com a ajuda de anestesia local e o paciente se recupera de forma rápida e tranquila. O pós-operatório pode ser realizado em casa com apenas alguns cuidados, de acordo com as recomendações fornecidas pelo profissional.

As cirurgias mais comuns são as exodontias de dentes, restos radiculares, dentes do siso inclusos ou impactados e dentes supranumerários, cirurgia de tecidos moles, frenectomias (redução do freio labial ou lingual), remoção de cistos, drenagens de abcessos etc. Listamos algumas mais comuns:
Exodontia: é a extração de dente com finalidade terapêutica ou ortodôntica e remoção de dentes inclusos (que estão dentro do osso);
Frenectomia labial: é a redução cirúrgica do freio labial superior que tem sido amplamente relacionado com diastema anterior (espaço existente entre os dentes superiores anteriores);
Frenectomia lingual: é a redução do freio lingual localizado em baixo da língua e se relaciona com a língua presa;
Biópsias da cavidade oral: é a remoção de tecido vivo que é encaminhado para análise laboratorial;
Cirurgias pré-protéticas: indicadas para melhorar as condições de uma região da boca a qual irá receber uma prótese dentária;
Enxertos ósseos: cirurgia que pode ser realizada através de materiais sintéticos (Biomateriais), blocos ósseos retirados do próprio paciente ou provenientes de banco de ossos. Essa cirurgia favorecerá a correção de pequenos defeitos ósseos, importante para realizarmos reabilitações com implantes e mesmo reabilitações de boca toda com próteses fixas.

São os terceiros molares, também conhecidos como os dentes do juízo por erupcionarem geralmente entre os 17 e 20 anos de idade. Esses dentes são os últimos a aparecer e estão localizados na parte posterior das arcadas superior e inferior. Existem quatro dentes do siso: dois superiores, sendo um direito e um esquerdo, e dois inferiores, também direito e esquerdo. Algumas pessoas têm os quatro dentes do siso, outras possuem três, dois, um ou até nenhum.

Os dentes do siso podem não erupcionar, na maioria dos casos, por falta de espaço na arcada dental ou pela posição inclinada dele, além das lesões císticas, anomalias de forma e alteração no trajeto de erupção que também podem provocar a retenção do terceiro molar. Outro motivo é porque algumas pessoas não possuem mesmo o dente do siso.

O dente do siso pode danificar o dente vizinho, provocar inchaço, inflamação da gengiva, infecção e irritação local além de dor ao paciente e possíveis lesões císticas.

Não. Algumas pessoas possuem espaço suficiente para que o dente do siso se posicione corretamente na arcada dentária.

É recomendado a extração do dente antagonista, ou seja, se foi retirado o siso superior do lado esquerdo, por exemplo, o inferior do mesmo lado também seja extraído, pois além deste ficar sem função na boca (já que não oclui) e reter mais placa bacteriana, ele continua “nascendo” até encontrar contato e pode machucar a gengiva oposta e provocar interferências oclusais e problemas de articulação.

A época ideal, segundo estudos, é na adolescência, por volta dos 16 aos 18 anos de idade, onde a formação da raiz do terceiro molar ainda está incompleta e sua remoção é facilitada. Entretanto, isso pode variar dependendo do caso e de cada pessoa, portanto não quer dizer que após, ou antes, deste período não possa ser realizada. Deve-se sempre fazer o acompanhamento radiográfico para indicar o melhor momento da cirurgia.

Deve-se levar a sério todas as indicações do profissional no cuidado pré e pós operatório. Sempre tomar as medicações recomendadas e cuidar da higienização bucal (com cuidado no local operado). Na maioria das cirurgias orais indica-se seguir uma alimentação líquida/pastosa e fria/gelada, evitando comidas crocantes e/ou quentes, não realizar esforço físico e bochechos vigorosos nas 48 horas seguintes à cirurgia.